O Surrealismo
O Surrealismo aparece em França nos anos 20 do século passado logo após a primeira grande guerra, tendo na sua origem o já não funcional e obsoleto Dadaismo. O Surrealismo vem assim definir a arte modernista no período compreendido entre as duas Grandes Guerras.
Tendo libertado a pintura de uma longa submissão das imagens realistas e do conceito de espaço herdado no Renascimento, dando rédea solta aos artistas para expressar os seus sentimentos e impulsos mais íntimos.
O movimento surrealista foi liderado por escritores como André Breton, Paul Éluard e Pierre Reverdy. Em 1924, após o estudo da pintura “Canto d'amore”, de Giorgio De Chirico, André Breton publica aquele que se tornaria o ato fundador e o programa estético do movimento, o seu "Manifesto Surrealista", através do qual defendeu um processo criativo assente no automatismo psíquico. A partir daí o poeta assumiu-se como o principal ideólogo do movimento.
Entre os artistas que integraram o grupo fundador do movimento destacaram-se Marcel Duchamp, Francis Picabia, Max Ernst, Hans Arp, Paul Klee e Man Ray. Em 1929 juntaram-se Pierre Roy, Georges Malkine, os espanhóis Salvador Dali e Joan Miró e o suíço Giacometti. Em simultâneo, formaram-se grupos de artistas surrealistas em vários países, como Estados Unidos e Japão. Na Bélgica destacam-se os pintores René Magritte e Paul Delvaux.
Canção de amor, 1914, Giorgio de Chirico. Museu de Arte Moderna, Nova Iorque