Pigmentos – Base de Dados




    Dicas de Pintura:


    Escurecer e aclarar uma cor

Para escurecer o amarelo (não confundir com sombrear), se lhe juntarmos preto vamos obter um verde, logo, transformamos o amarelo numa cor diferente, portanto essa tentativa de escurecer não dá, mas se juntarmos negro ao vermelho obtemos um Siena. Com esse Siena (castanho) já conseguimos escurecer o amarelo, aproximando-o do ocre. Por outro lado para aclarar o amarelo bastará juntar branco. Em contrapartida, na tentativa de escurecer um vermelho, por exemplo, a solução é diferente, basta juntar-lhe preto pois este não interfere no matiz do vermelho e escurece-o mas se por ventura o quisermos aclarar, como fazer? Juntamos branco? O branco transforma-o em rosa ou violeta, não é viável enquanto se lhe juntarmos amarelo transformamo-lo em laranja, também não nos interessa. A solução para aclarar um vermelho é juntar branco e amarelo.
Assim, o preto interfere no matiz do amarelo mas não interfere no vermelho, no verde ou no azul, enquanto o branco interfere no matiz do vermelho, mas não interfere no amarelo, no verde ou no azul. Portanto o preto e o branco têm comportamentos muito peculiares a ter em conta.

Fonte: O Livro do Pintor





O ar intermédio


Convém ter em consideração a máxima “À distância tudo é mais claro e ao mesmo tempo mais escuro”. Significa isto que o ar intermédio (especialmente numa paisagem) é um elemento que à distância aclara as cores escuras, escurecendo as cores claras, Isto é, os pretos à distância perdem intensidade e os brancos vemo-los mergulhados numa neblina cinzenta que os escurece. Certo? Para além disso também desfoca, perde-se a nitidez das linhas cujos contornos se esbate com o entorno. Por outras palavras, perde-se detalhe.

Fonte: O Livro do Pintor





Aguarela de Grafite


A aguarela de grafite é excelente para quem gosta de desenhar a lápis, ela é literalmente lápis líquido e combina na perfeição com o lápis convencional.
O mercado oferece-nos barras de grafite aguarelável rígidas assim como lápis aguareláveis, mas não aguarela em pasta ou pastilha mórbida. Quer uma aguarela mórbida de grafite? Resta-nos fabrica-la.
Compra-se um bastão rígido de grafite aguarelável, tritura-se com a ajuda de um martelo e coloca-se num recipiente ao que junta um pouco de água.
Passadas algumas horas o preparado está pastoso mas voltará a endurecer logo que a água evapore. Para o evitar junte glicerina e amasse bem. Facultativo mas aconselhável juntar também algumas gotas de Fel de boi (ox Gall), que ajudará na altura de pintar.
Coloque numa caixa plástica com tampa. Vai manter-se pastoso e pronto a ser diluído, com o pincel húmido, durante anos.
Qual a vantagem da aguarela de grafite em pasta? Esta é mais fácil de dissolver e atinge um negro mais facilmente, pode até aplicar pura sem adição de água quer com o pincel quer com a espátula. Após a pintura seca, esta permite apagar ou abrir brilhos com a borracha.

Fonte: O Livro do Pintor





O Óleo de Linhaça na pintura


Dos óleos apropriados à pintura existem vários, sendo o óleo de linhaça o mais conhecido e utilizado há mais de quinhentos anos. Ele conta com algumas variantes, cada uma destinada a uma necessidade específica e resultante de um processo de fabrico que varia segundo o tipo. A saber:
- Óleo de linhaça refinado. Reduz a consistência da tinta. Diminui as marcas das pinceladas e o tempo de secagem.
- Óleo de linhaça cozido. É conhecido por polimerizado ou Stand Oil. Este óleo conserva-se mais tempo que os espessados, pode-se aplicar puro ou diluído. Vende-se numa consistência viscosa.
- Óleo de linhaça prensado a frio. É obtido sem emprego de calor. É ligeiramente amarelado, reduz a consistência, melhora a fluidez, aumenta o brilho e a transparência.
- Óleo de linhaça purificado. Aumenta o brilho e o tempo de secagem das tintas. Aumenta a possibilidade de formação de gretas e amarela muito em ambientes escuros.
- Óleo de linhaça branqueado. Aumenta o brilho e o tempo de secagem, aumentando também a possibilidade de formação de gretas. Em ambientes escuros, amarela menos que o óleo de linhaça purificado.
- O óleo de linhaça clarificado. Tende a amarelar com o tempo. Utiliza-se preferencialmente em tons escuros.
- O óleo de linhaça espessado ao sol. Tem a secagem mais rápida de todos, um brilho extra e um aspeto viscoso. Podemos prepara-lo em casa deixando um frasco de óleo refinado ao sol cerca de 2 meses, coberto por uma gaze para que o ar circule e não apanhe sujidade.
No entanto o óleo de linhaça, qualquer que seja, não é o mais indicado para trabalhar as cores brancas e azuis, pois tende a amarelecer com o tempo, embora algumas marcas em gamas de estudo o utilizem, assim, os brancos tornam-se amarelados e os azuis esverdeados, quanto às outras cores, não existe interferência de maior na tonalidade que nos leve a não o utilizar.

Fonte: O Livro do Pintor





Outros Óleos importantes


O óleo de linhaça é o óleo com maior rapidez de secagem, levando de dois a três dias para secar. Mas outros óleos modernos estão lentamente a ganhar terreno, tais como os óleos de Papoila, de Noz e, o mais moderno, translucido e perfeito Óleo de Cártamo. Vejamos.
- Óleo de Papoila. É obtido da prensagem a frio das sementes da papoila. Não amarelece com o tempo, sendo portanto ideal na pintura com cores azuis e brancas. Deve ser usado em pequena quantidade já que tem tendência em formar gretas se empregue em camadas mais espessas. As cores mantêm-se claras como no momento em que foram pintadas. Por ter uma secagem lenta, quando em pintura é utilizado alternado com tintas à base de óleo de linhaça, aconselha-se a sua utilização só nas últimas camadas da pintura, nunca nas inferiores. Pode ser misturado com óleo de linhaça para lhe conferir maior rapidez na secagem.
- Óleo de noz. É um óleo claro, muito transparente. Não amarelece com o tempo, podendo portanto, ser utilizado com as cores azuis e brancas. É indicado para se pintar nas últimas camadas da pintura pois o seu filme é pouco flexível e mais frágil, se comparado com que os outros óleos. Utiliza-se desde o renascimento. Deve ser usado em pouca quantidade para se aumentar o brilho das cores. Pode ser misturado com óleo de linhaça para lhe conferir mais elasticidade.
A marca americana M. Graham Oils utiliza o óleo de noz em todas as suas tintas. Afirmam: “A utilização de óleo de noz permite-nos o aumento da quantidade do pigmento em cada cor, resultando numa riqueza extraordinária, saturação de cor, brilho e poder de tingimento”.
- Óleo de Cartamo. É um óleo muito claro, incolor e límpido extraído do cardo do Cártamo. É o mais moderno dos óleos utilizados em pintura artística. Não amarelece com o tempo, sendo portanto ideal na pintura com cores azuis e brancas. Pode-se dizer que é o óleo perfeito. Quase todas as marcas fabricam os seus brancos com este óleo. O óleo de Cártamo é o único que pode ser utilizado em grande quantidade, misturado à tinta para se criar o efeito aguarelado sem que, no futuro, corra o risco de vir a gretar. A fusão das cores pode ser conseguida com a adição do óleo de Cártamo puro na pintura.

Fonte: O Livro do Pintor

Pinturas e desenhos

Lucky Bamboo
100X80 cm – Óleo sobre tela – 2016

 

Espera
100X80 cm – Óleo sobre tela – 2016

 

Vénus e o Galgo
150X100 cm – Óleo sobre tela – 2015

 

Mistério
90X80 cm – Óleo sobre tela sobre MDF – 2015

 

Plinto
100X81 cm – Óleo sobre tela – 2015

 

Mirante
100X70 cm – Óleo sobre tela – 2015

 

Dor
100X70 cm – Óleo sobre tela – 2014

 

Inocência
100X70 cm – Óleo sobre tela – 2014

 

Silêncio
100X70 cm – Óleo sobre tela – 2014

 

Mulher com colar de Madrepérola
(Retrato de Gloriya Markova)
100X70 cm – Óleo sobre tela – 2013

 

A Mensageira
130X170 cm – Óleo sobre tela – 2013

 

Amazónia
100X70 cm – Sanguínea sobre papel Fabriano – 2011

 

Libertação
70X50 cm – Grafite e aguarela sobre papel Canson/Montval – 2013

 

Retrato
70X50 cm – Grafite e colagem sobre papel Canson/Montval – 2011

 

O saxofonista checo
70X50 cm – Grafite sobre papel Canson/Montval – 2011

 

ГЛОРИЯ МАРКОВА / Gloriya Markova
70X50 cm – Grafite sobre papel Canson/Montval – 2011

 

Albert Einstein
70X50 cm – Grafite sobre papel Canson/Montval – 2011

 

A jogada
70X50 cm – Grafite sobre papel Canson/Montval – 2011

 

Acusação
90X120 cm – Óleo sobre tela – 2000

 


Felicífera Humana
80X70 cm – Óleo sobre tela– 1988