...um tratado de Pintura
No século XXI já não faz sentido um tratado de Pintura como o fez Cennino Cennini ou Leonardo da Vinci nos séc. XIV e XV, respetivamente, mas existem ainda, e sempre existirão, ensinamentos que são necessários passar e manter vivos. O Livro do Pintor é pois o elo que faltava para o entendimento da arte em geral e da pintura em particular. Após muitos anos a sonhar com esta obra, a guardar na mente e nas gavetas textos e aprendizagens de uma vida, eis que finalmente está editada aquela que se pode considerar a primeira obra do género escrita em Portugal em 800 anos de história e uma das únicas escritas em português.
Conta com 190 páginas recheadas de imagens impressas a cores sobre papel de alta qualidade couchê.
Os ensinamentos são acessíveis e completos para o desenvolvimento do artista, abordando várias técnicas de pintura e muitos segredos que só os anos de trabalho nos podem aportar, como por exemplo o próprio fabrico de tintas, vernizes e médiuns, ou ainda a preparação de uma superfície pictórica e a história dos diversos materiais pelo artista utilizados, pois só do conhecimento nasce a luz.
Hoje O Livro do Pintor pode encontrar-se à venda também no Brasil e brevemente, esperemos, traduzido para o espanhol.
Sinopse
Ao longo da sua existência o homem sempre sentiu a necessidade de transformar a matéria e com ela expressar o seu sentimento, os seus desejos e os seus temores. No início como meio de comunicação, passando depois à necessidade de agradar às divindades em que acreditava. Para tal deitou mão de tudo o que a natureza lhe dava e com a qual podia exprimir esse seu sentimento, começando com o barro, a madeira e a pedra, modelando figuras tridimensionais, depois o carvão como riscador, o sangue de animais e mais tarde as terras amarelas e castanhas às quais se juntava gordura animal ou vegetal e se criavam assim as primeiras tintas, não muito diferentes da atualidade. Estava o homem longe de saber onde isso o levaria milhares de anos depois. O LIVRO DO PINTOR é assim o culminar de um longo e sinuoso caminho com vinte e cinco mil anos. O que hoje fazemos tem nos genes as primeiras obras.